De Brasília a Aracaju - De Carro...
Nesta publicação, vou colocar as dicas
de um amigo e sua namorada. Foram 19
dias de viagem de carro, de Brasília à Aracaju e ele, gentilmente, nos prestigiou
com suas dicas e ainda deixou o contato ao final, para qualquer dúvida. Espero
que aproveitem!
MAMBAÍ - GO
Trajeto: de Brasília a Mambaí: cerca de 300
km, sendo 250 km pela BR-020, em boas condições e 50 km, por rodovia estadual em
condições razoáveis.
Hospedagem: existem várias opções de hospedagem
em hotéis e pousadas, embora nenhum com estrelas ou muito chique. Em geral, são
pousadas simples, mas aconchegantes. Também há campings. Ficamos no Irio Hotel.
Lá o café da manhã é muito bom, e a suíte tem ar condicionado, frigobar, TV,
estacionamento, chuveiro elétrico e boas camas. O local é limpo, organizado e tem
ótima localização (perto de tudo e na avenida principal da cidade). Valor da diária para casal: R$ 90,00.
Lugares e passeios: no mesmo local do hotel,
fica também a Cerrado Aventura, agência de turismo que promove passeios por lá.
O proprietário é o Sr. Emílio, espeleólogo (especialista em cavernas e grutas) experiente da região e as
recepcionistas e os guias são bem atenciosos. Os passeios custam entre R$ 30,00
e R$ 45,00. As opções são variadas, indo desde cachoeiras a cavernas, passando
por trilhas, poços e grutas.
Alimentação: Durante o dia, as opções de
restaurantes para almoço são poucas, mas boas. Almoçamos por R$ 13,00 à vontade
num restaurante próximo ao hotel em que estávamos (5 min caminhando). À noite,
há mais opções de lanches e pizzas. Comemos uma deliciosa pizza no Zebras (8
min caminhando desde o Hotel em que estávamos) por R$ 30,00.
Cidade: A cidade carece de cuidados. As ruas esburacadas,
muitos cachorros abandonados e um pouco suja. Como há pouca divulgação do
turismo no local, a infraestrutura é incipiente, mas compatível com a demanda.
Lá todos os passeios precisam de guia local, pois os atrativos não são
sinalizados e em terras particulares. Basta contratar o guia, com grupos,
geralmente, de 02 a 06 pessoas, ir de condução própria ou em carro da agência
de turismo (não sei se cobram a mais por isso) e realizar o passeio. Lá,
conhecemos a Lapa do Penhasco (caverna), a Cachoeira do Funil e o Poço Azul (a
trilha mais difícil de todos os passeios).
PARQUE ESTADUAL DO TERRA RONCA – GO
Trajeto: Voltamos para a BR-020 e fomos de
Mambaí, para Posse-GO, depois Guarani-GO e, enfim, adentramos ao Parque do Terra
Ronca. Como era de se esperar, o asfalto nas rodovias estaduais (GO) é mediano.
Mas ruim mesmo é a estrada do Parque, que liga Guarani a São Domingos: são
cerca de 50 km com um misto de terra batida, areia, cascalho, pedras e erosões.
Talvez o fim do período chuvoso tenha prejudicado um pouco a estrada. A dica é
abastecer antes de/ou em Posse, pois a gasolina depois disso é cara e os postos
são escassos.
Hospedagem: as opções de hospedagens no Parque são
poucas e o preço é razoável. Geralmente, elas possuem pensão completa (café,
almoço e jantar) e variam de R$ 100,00 a R$ 260,00. Há também opções de camping. A pousada mais famosa é do
também mais famoso guia local, o lendário Sr. Ramiro.
Lugares e passeios: infelizmente, só conseguimos
visitar uma caverna no local, pois chegamos no meio da semana e não havia
nenhum grupo previsto para os próximos dias. A diária dos guias (não se faz
passeio sem eles) é em torno de R$ 120,00, independente do número de pessoas. É
um local para ser revisitado.
Alimentação: são feitas nas pousadas ou nos locais
dos passeios (quando possuem restaurantes).
Cidade: o parque fica entre os municípios de
Guarani de Goiás e São Domingos. Decidimos seguir para a Chapada Diamantina, já que não
teríamos outros passeios com grupos no local.
Trajeto: voltamos à BR-020 rumo a Barreiras-BA
para, no dia seguinte, chegarmos à Chapada Diamantina. No fim dessa rodovia
começa a BR 242, estrada boa e bastante frequentada por caminhões, cortando a
BA de oeste a leste.
Hospedagem: pernoitamos no Hotel Palmeiras, em
Barreiras, ao preço de R$ 140,00 o casal. O quarto com frigobar, ar, TV, água
quente, estacionamento e um bom café da manhã. Entretanto, as instalações são
antigas e mal cuidadas. Eu não recomendo.
Já na Chapada, alugamos uma hospedagem
pelo AIRBNB, na casa do Joel, no Vale do Capão. Ele e sua esposa foram muito
simpáticos. O acesso foi complicado, estrada de terra em condições razoáveis,
agravadas pela chuva. Mas, deu tudo certo.
Lugares e passeios: na Chapada, fomos na Caverna
do Torrinha, local incrível e rico em história e cultura. A sensação de
desligar as lanternas em um dos salões e ficar em total escuridão e silencio
por 1 minuto foi indescritível. Logo na entrada da caverna tem um posto de
atendimento ao turista com guias locais (não se faz a visita sem um) e o preço
é de R$ 30,00, por pessoa. Infelizmente, choveu a madrugada toda, e amanheceu
chovendo, o que inviabilizou outros passeios, como a Cachoeira da Fumaça e o
Riachozinho. Ficamos tentados a conhecer o vale do Pati, mas é uma trilha de 05
dias em que se pernoita no campo ou em casa de moradores locais. Todavia, a
viagem era longa e esses dias fariam falta depois. Os moradores do Capão
disseram que a chuva esse ano foi generosa. Decidimos ir para Aracaju-SE, ainda
pela BR 242.
Alimentação: Como nos hospedamos em uma casa,
fizemos nosso próprio jantar nesse dia. O almoço tinha sido na estrada, em
Seabra, portal da Chapada.
Cidade: são várias as cidades da Chapada:
Lençóis, a mais famosa, Palmeiras, a entrada para o Vale do Capão (distrito de
Palmeiras), Andaraí, simples e aconchegante, Igatu, a cidade de pedra, Mucugê,
mais afastada e Piatã, a mais intocada e com menos estrutura turística. Como a
Chapada é muito grande, fica a opção de percorrer mais cidades e, assim,
conhecer melhor a chapada e mais atrativos sem se cansar muito ou se instalar
em uma cidade e, a partir dela, fazer os passeios. A rede hoteleira é boa e há
várias opções de casas ou quartos para aluguel em sites especializados, como o
AIRBNB.
Trajeto: saindo da Chapada Diamantina pela BR
242, seguimos pela BR 116 até Feira de Santana e depois a BR 101 até Aracaju.
Em Feira de Santana, o trânsito é um pouco confuso e todo cuidado para não
adentrar na cidade é pouco. O melhor é ir pelo anel rodoviário até pegar a BR
101. As placas indicam, mas a sinalização é um pouco precária.
Hospedagem: em Aracaju temos parentes, então
ficamos na casa deles.
Lugares e passeios: Os passeios são muitos e já
conhecíamos todos de outras visitas. São; Foz do rio São Francisco, Xingó
(sertão), Mangue Seco-BA, Praias do Saco e Ilhas da Sogra e do Sogro, Abaís,
Atalaia, Aruana, do Robalo e outras, Croa do Goré, Museu da Gente Sergipana
(interativo e interessante) e o Mercado Municipal (compra-se de tudo a preço
acessível).
Alimentação: a cidade tem inúmeras opções
gastronômicas. Como estávamos na casa de parentes, nossas refeições eram por
lá.
Cidade: Já foi muito tranquila, mas agora sofre
com os mesmos problemas de uma cidade grande. Entretanto, isso não tira os
encantos e a beleza do lugar. Aracaju tem a orla mais bonita do Nordeste e a
faixa de areia mais extensa.
Ilha da Sogra - SE
Praia do Robalo -SE
LINHA VERDE - BA
A linha verde liga Salvador a Aracaju e
margeia o litoral. Dispões de diversas praias, algumas das quais decidimos
visitar, como a Ponta do Sauípe e a Praia do Forte, ambas no município de Mata
de São João. A primeira é a badalada Costa do Sauípe com seus resorts, mas
também com opção de uma praia belíssima e acessível a qualquer um, sem precisar
estar em resort. É na Ponta do Sauípe que o rio Sauípe encontra o mar. O local
possui uma boa quantidade de quiosques, pousadas simples e o vilarejo local,
que pertence à Mata de São João, tem boa estrutura. Destaque para a quantidade
de casas de veraneio no local. Passamos a manhã ali.
Na Praia do Forte, uma vila charmosa e
aconchegante, há belas praias, estrutura muito boa, várias opções de hospedagem
e alimentação pra todos os gostos e bolsos. Destaque novamente para os
condomínios fechados com casas de veraneio. A proximidade de Salvador torna o
local um reduto dos soteropollitanos. Lá também há uma base do Projeto Tamar,
das tartarugas marinhas. O ingresso custa cerca de R$ 40,00, por adulto. Os
estacionamentos são escassos e na maior parte das vias é proibido estacionar. Almoçamos lá por R$ 15,00 o self-service.
Como o destino era Salvador, não buscamos hospedagem. Passamos a tarde e
seguimos.
Ponta do Sauípe - BA
Farol da Barra - Salvador
Registramos o básico e essencial da
viagem. Para dúvidas ou mais detalhes, só enviar e-mail para eueraphael@hotmail.com e responderei.
Grato!